Carlos Ribeiro
Carlos Ribeiro Professor Universitário

Na diferença, o respeito

Regresso hoje ao Record, respondendo a um convite que muito agradeço. Procurarei não me perder (muito) entre análises subjetivas, ou no vaguear entre as semanas em que acho que ganharemos tudo, e aquelas em que acho que o mundo conspira contra nós. Podem cobrar.

Mas hoje não podia deixar de fazer uma referência. Talvez nem todos se tenham lembrado, ou tenham achado que não valeria a pena lembrar, mas - até porque o dia foi marcado por crimes de ódio - faz ainda mais sentido a recordação.

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À mesa, voltaram a reunir-se alguns dos que com Ele lidaram. Há tradições que todos preferiam não instituir, mas que o destino quis impor. Já lá vão quatro anos desde a partida do guardião que mais fintava o ódio e melhor defendia a nobreza do desporto.

Quatro anos desde que o futebol percebeu, da pior maneira, que são poucos os que têm reservado o Olimpo da amizade — entre iguais e entre rivais. No futebol, onde o sorriso e a gargalhada foram sempre as armas que usou contra a indiferença, a violência ou o desrespeito.

Na vida, onde Neno nunca soube dizer não. O Neno das soluções, das pontes. O Neno, embaixador dos valores e da justiça. A demonstração clara de que vale a pena assentar a nossa vida no respeito por quem nos rodeia. Neno era um apaixonado pela vida e, ao contrário do que canta o seu ídolo de sempre, nunca se “olvidó de vivir”.

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Tentemos seguir o exemplo e procuremos, na diferença, respeitarmo-nos, cumprindo aquilo que sempre nos pediu: “Sejamos felizes”.

Por Carlos Ribeiro
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