Carlos Ribeiro
Inevitável. A semana, as crónicas, mesmo as de opinião, não podem deixar de ficar marcadas pela morte de Jorge Costa, figura incontornável do FC Porto – nosso próximo adversário – e do futebol português. Nestes momentos, tudo o resto parece menor. Por isso, aproveito também este espaço para deixar as condolências à família e amigos de Jorge Costa, assim como a toda a nação portista.
O FC Porto pediu o adiamento do jogo, e o Vitória respondeu como devia: aceitando. Nestas alturas, o que conta é o essencial – respeito. Sem "mas", sem notas de rodapé, sem conjeturas.
Jorge Costa – e bastou ouvir e ler rivais e adeptos de outros clubes – foi daqueles adversários duros, leais, que se fazem respeitar. O tipo de jogador que todos queremos ver nos nossos: líder, comprometido, verdadeiro.
Mesmo que, nestes dias, falar de golos ou táticas soe estranho, a verdade é que, após o adiamento, segunda-feira marca o arranque da nova época. Veremos que Vitória se apresenta, depois dos dois últimos testes terem sido pouco animadores. A equipa está ainda em construção, mas a ideia e as rotinas parecem longe do ponto ideal. Nota-se, ainda, a necessidade de alguns reforços demonstrarem que o são, na verdadeira aceção da palavra.
Quanto a ruídos fora das quatro linhas, rumores há sempre. Uns mais criativos do que outros. Mas quero acreditar que é cedo demais para dramas ou novelas – sobretudo aquelas que parecem sequelas, e que têm sido um fartote de instabilidade. Sem milhões, convém que prevaleça o juízo.