Carlos Ribeiro
O primeiro tempo assustou. Ao intervalo, comentava que parecia termos aprendido pouco com o jogo anterior: intensidade em níveis mínimos, insistência numa espécie de organização desorganizada e dificuldade em encaixar as peças do puzzle, seja na defesa, seja nas laterais.
A equipa do Vitória continua a revelar fragilidades atrás — ainda mais evidentes quando se perdem unidades que acrescentavam qualidade. Agora que se joga a três, e tendo em conta a composição do plantel, percebe-se mal a saída de Tomás Ribeiro e Relvas. Uma questão de planeamento.
Na base do grito e da raça, é certo, mas o jogo virou. Talvez nestes momentos se perceba melhor a importância da experiência de Nélson Oliveira. O final da primeira parte foi determinante para quebrar algum desequilíbrio emocional e trazer a equipa de volta ao jogo.
Ofensivamente, houve sinais positivos - e esse é um aspeto a reter. Crescer a ganhar é sempre mais fácil e menos perturbador, ainda que não apague o muito que falta para sermos maiores do que a altura que aparentamos.
Preocupa também perceber que não são apenas os jogadores que estão longe da sua melhor forma. O “VAR aberto” - título infeliz de uma crónica que li por aí - acabou por ser a tábua de salvação de uma arbitragem frágil, também ela a precisar de reforços.
Segue-se um dérbi concelhio, com um Moreirense que surpreende neste arranque. Será necessário mostrar maior segurança e agressividade, enquanto se espera — e desespera — pelas doze badaladas do dia 2 de setembro...