Carlos Ribeiro

Carlos Ribeiro
Carlos Ribeiro Professor Universitário

A lógica que falha

Nem todos os jogos são iguais, por mais que a aritmética e a lógica assim o vaticinem. Ainda sou do tempo em que, para mim, o maior rival era outro, mas é inegável que o dérbi de sábado tem sempre um sabor especial. Curiosamente, os últimos confrontos aproximaram aquilo que os milhões separaram. E, mesmo que se perceba bem quem tem soluções em excesso e quem as procura com mais dificuldade, a pressão acaba invariavelmente repartida. É aqui que a lógica tantas vezes falha.

O triunfo do Vitória no último fim de semana trouxe o essencial nesta fase: ganhar. Juntou-lhe, felizmente, sinais positivos, até na baliza. Mas confirmou também o que já se adivinhava: com o mercado fechado, o caminho só pode ser um, tocar a rebate, unir forças e manter a atitude que todos esperamos ver em campo.

Voltando ao dérbi: Vitória e Braga têm-nos dado duelos de grande qualidade nas últimas temporadas, independentemente do momento ou das diferenças. Também por isso há bons motivos para acreditar que este jogo pode manter-se como exceção positiva num futebol português onde, demasiadas vezes, a qualidade — e até alguns relvados — fica aquém do desejado.

Como adepto, a expectativa resume-se numa velha máxima: “pouco importa, pouco importa se jogamos bem ou mal, queremos é trazer a taça dos três pontos”. Para as análises mais cerebrais haverá tempo noutros jogos do campeonato. Resta-me o óbvio desejo: que seja um grande jogo dentro, mas também fora do campo. E que ganhe o Vitória.

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