Carlos Ribeiro

Carlos Ribeiro
Carlos Ribeiro Professor Universitário

Arbitragem em modo avião

A vitória no Dragão foi daquelas noites que ficam. Já tinha escrito que o Vitória tinha de aproveitar o momento, e aproveitou mesmo: uma exibição adulta, inteligente, cheia de personalidade. Uma equipa jovem, mas que soube ler o jogo, sofrer quando era preciso e ferir quando o Porto se abriu. A entrada na Final Four foi merecida. Por isso, venha janeiro e os jogos que decidem.

 Depois chegou o fim de semana e, com ele, o déjà vu do costume. O Vitória fez mais do que suficiente para ganhar, mas encontrou um obstáculo que não faz parte do futebol jogado. Dois penáltis claros - três, se não quisermos fingir prudência - daqueles que até num ecrã a preto e branco se percebiam.

 A explicação para a videoarbitragem sempre foi simples: “os lances são muito rápidos”. Pelos vistos, até com câmaras, linhas e repetições em alta definição, continuam rápidos demais… ou então quem decide está, literalmente, no modo errado. Árbitros a funcionarem como quem desliga o telemóvel antes da descolagem e ativa o “Modo Avião”. A diferença é que até os aviões modernos já permitem rede. A nossa arbitragem é que não.

 A tecnologia está lá, o que falha é mesmo a competência. Ora no futebol, quem erra perde o lugar. Treinadores, jogadores... E os árbitros? É que num campeonato equilibrado, isto pesa, e com erros destes a credibilidade da arbitragem continuará a cair, e os protagonistas a entrar em campo sozinhos, não por greve, mas porque se afastam do jogo que dizem proteger.

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