Carlos Ribeiro

Carlos Ribeiro
Carlos Ribeiro Professor Universitário

Entre o vento e a identidade

O início de época do Vitória está a ser tudo menos fácil. Sete jornadas depois, apenas duas vitórias e demasiadas incertezas. Em Alverca, voltamos a tropeçar, num jogo onde faltou intensidade, clareza de ideias e, acima de tudo, identidade. E isso preocupa mais do que o resultado. Da bancada fomos assistindo, com preocupação, a um jogo onde parecemos sempre incapazes de dar sequência a alguns sinais positivos da semana anterior, com vento ou sem ele.

Sabemos que há atenuantes: um novo ciclo, processos ainda em assimilação, inexperiência, agora também lesões, e a pressão natural de um clube que vive permanentemente entre a ambição e a exigência. Mas também sabemos que o Vitória não pode deixar que essas explicações se transformem em desculpas.

Não é altura de dramatizar, mas de refletir. Os sinais dados até agora mostram fragilidades que têm de ser corrigidas, e Luís Pinto saberá isso melhor do que ninguém. Assim como os atletas, a quem, face à opção, também é preciso dar tempo para que deles se extraia o potencial e o transformemos em resultados.

Não raras vezes o Vitória construiu-se na superação e na capacidade de reagir quando poucos acreditam. É tempo resgatar esse ADN, porque as considerações e as avaliações devem ficar para depois.

Pela frente teremos agora o Santa Clara que nos 'roubou', com mérito, o acesso às competições europeias, e que pode também servir de antídoto contra a depressão coletiva. Lá estaremos confiantes, como sempre.

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