Carlos Ribeiro
De repente, recebo uma mensagem. Do outro lado, alguém preocupado por eu me ter esquecido de escrever. O caro leitor ajuizará se algo se perderia, caso isso acontecesse. Da minha parte, apenas a sensação óbvia de que qualquer antecipação pode representar uma perda da atualidade. As últimas notícias assim o confirmam.
Vivemos um tempo em que, como diria o filósofo, “o narrador retira da experiência aquilo que conta”. Seja ouvido ou vivido. Muitas vezes mais ouvido do que vivido. E isto vale para todos os narradores de histórias. Contamos e escrevemos o que queremos, mais ou menos próximos da realidade, cabe a cada um avaliar.
Posto isto, retomemos a atualidade. A única sangria que aprecio é a bebida. No Vitória, espero que esta estanque. Desse ponto de vista, pouco mais há a acrescentar. Tempo haverá para avaliação e para absolvição ou condenação.
O que conta, nesta altura, é cerrar fileiras. O campeonato está ainda no início e tudo por conquistar. Não abandono a ideia de que os próximos jogos serão tão importantes como os anteriores, e como os que virão. Mesmo que o futebolês os classifique de risco máximo, o que todos queremos é que se restitua a normalidade e a tranquilidade, e que daqui a uns dias possamos respirar melhor.
Uma última nota, do local para o nacional. Com tantas opções, será de facto uma lástima se Portugal não conseguir apenas qualificar-se, mas também realizar um extraordinário Mundial. Felizes os países que, como nós, conseguem rejuvenescer-se.