Convidados
A Seleção Nacional feminina de Futebol de Praia conquistou, no domingo, um inédito título na Liga Europeia da modalidade. Uma demonstração cabal da qualidade de uma equipa que deixou bem expresso, nas areias de Viareggio, aquele que é o principal traço do ADN das jogadoras e jogadores portugueses: o talento. A conquista deste título é, essencialmente, mérito de um grupo de futebolistas que sempre acreditou no seu potencial e que, mesmo perante as adversidades, nunca deixou de lutar por um sonho que é, hoje, realidade. As minhas primeiras palavras vão, como não podia deixar de ser, para elas.
Não esqueço, também, o trabalho da equipa técnica e de todo o staff que acompanhou esta equipa, bem como de toda a estrutura que tem colocado o Futebol de Praia no patamar de excelência que é, ninguém duvide disso, a imagem de marca que a nova Direção está, desde que tomou posse em fevereiro, a implementar como imagem de marca desta nova Federação Portuguesa de Futebol.
O futebol português, em todas as suas vertentes, a qualidade das nossas jogadoras e jogadores, a paixão com que o nosso País acompanha as nossas seleções… não deixam margem para outra visão que não esta: a excelência como ambição máxima. E é precisamente com esse objetivo que, nesta casa, trabalhamos todos os dias.
Para sermos sempre melhores. Para sermos sempre os melhores…
Temos, ninguém tem disso dúvidas, as qualidades técnicas necessárias para concretizar este desígnio. À Federação Portuguesa de Futebol compete, pois, criar as condições necessárias para potenciar essas qualidades inatas das nossas jogadoras e jogadores, das nossas treinadoras e treinadores. Em todas as modalidades: Futebol, Futsal e Futebol de Praia. E é precisamente nisso, em conferir a todas as nossas Seleções as condições necessárias para lutarem sempre por títulos, que focamos toda a nossa atenção.
O Futebol de Praia não é, naturalmente, exceção. E por isso posso anunciar, em primeira mão, que estamos já a trabalhar no projeto que responderá a uma reivindicação antiga da modalidade: a criação de um campo dedicado ao Futebol de Praia na Cidade do Futebol. Será, em breve, uma realidade, que permitirá às nossas jogadoras e jogadores terem, neste espaço que é a casa de todo o futebol português, um local próprio para trabalharem, como acontece com todas as restantes seleções.
O Futebol de Praia ganhou, não apenas com a conquista da nossa Seleção Feminina no último domingo mas graças às diversas vitórias dos últimos anos, esse direito. E esta Direção irá concretizar-lhes esse desejo tão antigo. Por uma questão de justiça, sim, mas também por acreditarmos que, dando-lhes as condições certas, estaremos sempre mais perto do objetivo maior: ganhar mais vezes!
É essa visão desta nova Federação Portuguesa de Futebol. Entrar sempre em campo para ganhar, estar em todas as competições com a máxima ambição. E sem medo de assumi-la! Porque é, afinal, isso que os portugueses de nós esperam. Porque tem de ser exatamente esse o desígnio de quem, no topo, tem o dever de exponenciar o trabalho realizado pela base, nas Associações Distritais e Regionais, pelas associações de classe, pelos clubes, que têm a difícil de missão de pegar no talento inato de milhares de jogadoras e jogadores, trabalhá-lo e prepará-lo para o futuro.
É nosso dever não desperdiçar o esforço de tantos, muitos deles de forma anónima e tantas vezes quase gratuita. As nossas vitórias, na Federação Portuguesa de Futebol, serão também sempre deles. Porque são eles que estão na base de todo o nosso sucesso. E é por isso que uma das missões do novo Diretor Técnico Nacional, Óscar Tojo, passa também por estabelecer esta ligação com a base, com quem no terreno descobre e trabalha o talento que, depois, dá ao País alegrias como as de domingo.
O nosso futebol não nos permite outra visão que não esta: investir na excelência. Os portugueses não nos perdoariam outro caminho: transformar a paixão em ambição. O talento das nossas e nossos praticantes merece-nos apenas duas palavras: exigência máxima.
Em menos de sete meses, esta Direção da Federação Portuguesa de Futebol já celebrou três títulos: uma Liga das Nações pela Seleção A, um Europeu Sub-17 e agora a Liga Europeia pela Seleção Feminina de Futebol de Praia. E embora não tenhamos (nem podíamos ter) a presunção de dizer que todos eles são mérito nosso, acreditamos que já têm, todos eles, a marca da ambição e da exigência que pautará o nosso caminho.
Não é crença, é mesmo uma convicção que nesta casa ninguém terá medo de assumir: habituem-se, que vamos continuar a ganhar!