Ricardo Costa
O SC Braga viveu uma semana de contrastes. Na Liga Europa, praticamente garantiu a presença na fase de liga ao vencer, no Algarve, a equipa de Gibraltar por 4-0. Uma vitória clara, convincente, que apenas deixa por formalizar a passagem na segunda mão, já esta quinta-feira na Pedreira. Mais um passo importante para reforçar a dimensão europeia do clube.
Já no campeonato, o sabor foi bem diferente. Frente ao AVS, em casa, o Braga desperdiçou os primeiros dois pontos da época, empatando a duas bolas num jogo em que esteve a vencer. Como disse Carlos Vicens no final, “foi um jogo que nós próprios complicámos”.
Curiosamente, o técnico considerou que este foi o melhor jogo da equipa até agora. E é verdade que houve momentos de grande qualidade ofensiva, circulação rápida e domínio de jogo. Mas quem quer ser campeão não pode vacilar em casa contra adversários teoricamente mais acessíveis. É nesses jogos que se constroem os títulos.
O percurso, até aqui, continua imaculado em termos de derrotas: todas as competições oficiais somam vitórias ou empates. Mas a questão que inevitavelmente se coloca é esta: como vai reagir a equipa quando defrontar adversários de maior calibre?
É aí que se mede a fibra de um candidato ao título. Até lá, é tempo de consolidar processos, corrigir falhas e manter a ambição intacta. Porque o Braga já provou que tem qualidade. Falta provar que tem também a consistência que transforma bons sonhos em grandes conquistas.