Ricardo Costa
O derby do Minho terminou com um empate a uma bola em Guimarães. Um resultado que, à primeira vista, poderia ser aceitável num dos ambientes mais hostis do futebol português. Mas a verdade é que veio confirmar as piores expectativas: quando o adversário é mais competitivo, o SC Braga não tem conseguido impor a sua superioridade, apesar do forte investimento realizado para esta época.
Já são 9 pontos de diferença para o primeiro lugar, quando apenas se jogaram 6 jornadas. E o mais preocupante é que ainda não defrontámos nenhuma das equipas que ocupam atualmente as 5 primeiras posições da tabela. O saldo deixa um alerta claro: a margem de Carlos Vicens começa a ser cada vez mais curta.
É inegável que se trata de um treinador com ideias, discurso moderno e experiência em contextos de exigência máxima. Mas até agora, o processo não tem trazido resultados à altura da ambição bracarense. E no futebol, os projetos só sobrevivem com vitórias.
Esta quarta-feira, na Pedreira, chega o primeiro grande teste europeu da temporada: a estreia na Liga Europa frente ao Feyenoord. Um jogo que será muito mais do que uma simples jornada da fase de grupos. É um verdadeiro exame à equipa e ao treinador. Um resultado positivo poderá devolver confiança e algum espaço para trabalhar. Um resultado negativo pode intensificar as dúvidas que já se ouvem nas bancadas e nos corredores do clube.
O SC Braga está num momento decisivo. Entre acreditar no processo e exigir resultados imediatos, Vicens tem agora de provar que é o homem certo para liderar esta ambição. O tempo começa a contar.