Ricardo Costa

Ricardo Costa
Ricardo Costa Chairman Grupo Bernardo da Costa

Pausa internacional: sintomas e desafios do Braga

O campeonato está em pausa para os compromissos das seleções nacionais - mas o SC Braga continua no radar, e com razão. Há muito para analisar no silêncio temporário dos campos.

Nas últimas semanas, o treinador Carlos Vicens admitiu que nem sempre a equipa tem estado ao seu melhor nível. Depois do empate em Vila do Conde frente ao Rio Ave (2-2), destacou uns “45 minutos de pouco nível”, admitindo que o Braga tem de melhorar as entradas nos jogos e ser mais incisivo desde início. Esta autocrítica é um sinal de exigência saudável, mas também um alerta: o percurso imaculado sem derrotas está a começar a revelar falhas que não podem ser ignoradas.

Por outro lado, Vicens valorizou precisamente a entrega até ao fim da partida, realçando a importância da pausa competitiva para recuperar mentalmente e treinar conceitos que ficaram em segundo plano com o ritmo intenso dos jogos.

A semana ficou também marcada pela transferência milionária de Roger para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, num negócio de 34,5 milhões de euros (32,5 fixos e 2 por objetivos). Este valor não é apenas histórico para o SC Braga - é a confirmação de que o clube se consolidou como verdadeira montra de talento, capaz de formar, valorizar e projetar jogadores para o mundo. Uma realidade que reforça o prestígio e a sustentabilidade financeira do projeto.

Este interregno para os jogos da seleção é, portanto, essencial. Serve não só como descanso para alguns atletas, mas sobretudo como oportunidade para corrigir rotinas, aprimorar processos e reforçar a mentalidade necessária para lutar em todas as frentes com seriedade e coerência.

O SC Braga ainda não perdeu — e isso faz toda a diferença. Mas, se há algo que torna vencedores, é a capacidade de transformar isso em consistência, especialmente diante de adversários mais fortes. A pausa é bem-vinda, mas o verdadeiro teste começa já no regresso.

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