Artur Fernandes
A qualidade do jogo já fica somente para os entendidos, pois a distracção é tal que já não se repara no jogo, apenas no espetáculo. É como aquela música que se gosta mas não se percebe a letra, ou aquele filme que se viu até ao fim mas que se esquece. Nesta preparação para o Campeonato do Mundo de 2026, os americanos estão a vender filmes de 90 minutos, que só por acaso são jogos de futebol, onde tudo é entretenimento em cima de impolutos palcos verdejantes, onde a história do jogo está envolta no uso constante de imagens personalizadas dos poucos atores secundários que estão nas bancadas que atuam de forma real e convincente no apoio aos atores principais que estão no campo, numa direção de qualidade de imagem e som impactantes e numa edição absolutamente precisa. Pouco interessa a pouca bilheteira pois o foco está na publicidade e no streaming.