É ainda com muito menos dinheiro do que o grande rival que o Sporting relança em 2016/17 nova candidatura ao título. Bruno de Carvalho cumpriu a promessa feita quando chegou a Alvalade: tornar o leão competitivo. Seja com Leonardo Jardim, Marco Silva, e na primeira época de Jorge Jesus ainda mais, o clube mostrou as garras e lutou pelos primeiros lugares.
Os defesos têm sido complicados desde que JJ assinou pelo Sporting. Primeiro porque a exigência nas contratações aumentou. O técnico colocou a fasquia bem mais alta do que Marco e Leonardo. Depois porque a valorização de alguns ativos foi evidente e a cobiça externa aumentou exponencialmente. Daí as perturbações em dezembro passado e as atuais. Os casos de João Mário e Slimani são sintomáticos.
Têm então culpa Bruno e JJ? Não. É muito difícil fazer o que presidente e treinador estão a tentar. Manter os melhores para que o Sporting possa ser candidato ao título. Fácil era vender, encaixar milhões e usar as saídas como desculpa para eventuais insucessos. O Sporting não tem 22 milhões para dar por um suplente. Nem sete para oferecer por miúdos promissores. Para chegar lá tenta conservar as pérolas da badalada formação. Uma fórmula nunca tentada em Alvalade. Até aqui quem se valorizava saía. Mas para estrangeiros de qualidade duvidosa mais vale assim.
Problema para Bruno de Carvalho e Jesus são alguns empresários, que só ganham dinheiro a sério com entradas e saídas. A chantagem realizada, primeiro por Kia e agora pelo agente de Slimani são sintomáticas. Os jogadores têm contratos assinados e para eles é como se não existissem. Claro que a FIFA deveria agir. Não o fará. Resta ao Sporting resistir, renovar e aumentar os craques e acreditar que JJ saberá focá-los. Uma luta titânica.