Bruno Prata
Os jornais, designadamente os da especialidade, nunca são uníssonos sobre o desenho tático que o cada vez mais entusiasmante Sp. Braga apresenta em cada jogo – e isso voltou a repetir-se, há dias, na arrebatadora exibição que permitiu eliminar o FC Porto da Taça de Portugal em pleno Dragão. Mas esta dicotomia sistémica não deve ser confundida com despreparo ou simples negligência. São dissemelhanças que refletem apenas os diferentes momentos em que os diversos jornalistas observam a equipa bracarense no relvado. Ou seja, são fotografias de um mero instante e que variam em função da invulgar capacidade que o Sp. Braga tem para se metamorfosear. E é, provavelmente, essa complexidade camaleónica que ajuda a explicar que o próprio treinador Carlos Carvalhal tenha recentemente desafiado os analistas a escrutinarem as características da sua equipa.