Bruno Prata
Se a expectativa é a mãe de muitas decepções, a mais prevalecente desilusão do último dérbi é bem capaz de ter sido o Sporting, por muito que um empate na Luz nunca possa ser visto como um fracasso. A equipa de Rui Borges vinha de somar exibições sedutoras e de somar triunfos suculentos, designadamente os mais recentes sobre o E. Amadora e o Brugge. E a forma como amassou e subjugou o Benfica durante os primeiros 26’ ainda contribuiu mais para o maravilhamento e para o acentuado desencanto que se lhe seguiria. A forma como o Sporting se eclipsou, do ponto de vista atacante, durante os restantes 73 longos minutos (não fez nenhum remate) tornou-se talvez na charada mais difícil de compreender, e ainda mais complicada de explicar, desta edição da liga. Desde logo porque o débito energético mencionado pelo treinador não parece justificativa suficiente.