Bruno Prata
Perdi há muito a esperança de descobrir na nova geração de dirigentes uma real rotura com o passado. Aquando do advento das SAD, no virar do século, cheguei a ter a expectativa de ver os clubes e os organismos governados por pessoas não só mais preparadas, mas também mais idóneas, transparentes e mais capazes de romper com a caudilhagem, as suspeitas, os jogos de bastidores e com a verborreia que marcaram o nosso triste fado mais distante. Claro que há hoje uma gestão mais profissional e uma linguagem nova e de aparente modernidade. Mas os ganhos foram insignificantes no que respeita aos princípios morais e aos avanços para garantir a sustentabilidade europeia num futebol caseiro cada vez mais periférico.