Bruno Prata
Cláudio Pereira errou evidentemente nos Açores e a pirraça de António Nobre também não o deixou sair imaculado da Luz, desde logo por ignorar que uma rasteira resulta sempre de uma pernada e nunca de uma cabeçada, mais a mais quando nem é consensual quem promoveu mais o contacto. Mas irei desiludir os leitores que almejam ler aqui uma inquirição casuística aos erros arbitrais nos jogos dos dois candidatos ao título (mais depressa abordaria a forma como Otamendi usa e abusa do “destroying tackle”). Esse empreendimento só terá alguma serventia, e mesmo aí relativa, quando a análise albergar todo o campeonato e quando for realizada pelos melhores especialistas do apito, o que não é de todo o meu caso. Também não vou perder tempo com o comunicado lamuriento e apressurado do Benfica. Já fui aprendendo que desejar que os clubes portugueses sejam mais contidos nas querelas sobre as arbitragens é tão impraticável como acreditar que Miles Davis poderia algum dia ter desistido do seu trompete.