A vitória do Benfica na Liga Europeia de hóquei em patins enquadra-se num sinal de viragem a que lentamente vamos assistindo, contrariando a larga supremacia da Espanha e do Barcelona em particular. Portugal tem vindo a conseguir alguns resultados expressivos e de forma continuada, sendo esta temporada notória a consistência de vários títulos no Campeonato da Europa de sub 17, no Mundial de sub 20 e ainda na Taça Latina (sub 23), todos frente à Espanha.
O hóquei português renovou-se e os mais jovens apresentam uma cultura competitiva que se ajusta a uma maneira diferente de ver a competição e, por extensão, a Seleção Nacional. São mudanças ao nível do treino, da compreensão tática do jogo e da ambição de cada jogador. Portugal é hoje é mercado bastante tentador, mesmo para os jogadores espanhóis e argentinos, e isso traduz-se numa mais valia no campeonato nacional.
Pedro Nunes conferiu um estatuto ganhador ao projeto do Benfica não se limitando a gerir o excelente plantel para a competição em Portugal. As águias têm nas suas fileiras alguns dos melhores jogadores mundiais e a ambição passou pelo reforço da afirmação internacional.
Na mesma ordem de ideias, os jogadores mais novos da Seleção hão-de querer brilhar e não falta muito tempo para o Campeonato da Europa, em julho, em Oliveira de Azeméis. Portugal conquistou o último Europeu em 1998, em Paços Ferreira, na sequência de quatro títulos consecutivos. Este é o grande desafio que a equipa das quinas tem pela frente: aproveitar o balanço da vitória na Liga Europeia e mostrar que não há impossíveis na alta competição.