A cidade do ténis

A inauguração da Nave coberta do ténis do complexo do Jamor foi a 13 de dezembro de 2008. Uma abertura que ficou marcada pela intensa chuva, que caía nos campos ainda por estrear. Formaram-se poças de água e a disposição das cadeiras teve de sofrer uma pequena remodelação. Como diz o ditado popular, quem nasce torto nunca se endireita. A verdade pura e crua é que a partir desse dia 13 nada correu bem.

Pela internet passaram vídeos ainda o ano passado a dar conta das consequências das intensas chuvas: campos impraticáveis por o teto estar degradado. O investimento de 3 milhões de euros não teve o devido retorno nem proporcionou as condições de treino desejáveis.

A partir de amanhã, os campos terão uma nova cobertura. Tudo foi feito de raiz para ficar como deve ser. Tal como acontece com a pista de atletismo do Jamor, que vai ser completamente renovada. Foi estreada em 2010 e está também muito degradada.

Em Portugal, o desporto sofre deste mal: a durabilidade das infraestruturas públicas fica aquém dos estudos iniciais e a falta de manutenção ajuda a compor um cenário que não é nada agradável.

Em vésperas de mais uma etapa do Grand Slam, a abordagem a este tema faz todo o sentido. O Open da Austrália foi o primeiro major a ter um campo com teto amovível em 1988 e são bem conhecidas as vantagens. Wimbledon seguiu o exemplo em 2009. E por cá, muito lentamente, estamos a construir a cidade do ténis no Jamor. Mais vale tarde que nunca.

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