Daqui para a frente

Olhemos para o global, ainda que o global pouco ou nada interesse para quem pede medalhas. O Rio’2016 tem, até ao momento, um recorde de diplomas (11), o maior número de presenças no top 16 (33, tal como em 2012) e a segunda melhor pontuação de sempre entre o top 8 (38, face aos 43 de Atenas’2004). Não vale para o medalheiro, vale para outras análises: o nível médio subiu, há mais atletas com bons resultados e em mais modalidades, o que, quem sabe, terá repercussões , boas repercussões, daqui a quatro anos, em Tóquio. Mas o futuro nunca será brilhante, porque não há um projeto estatal ambicioso (a começar na base) e não há iniciativa privada. Continuamos amadores e à espera que o amor ao desporto resulte em pódios olímpicos. Não resulta. Aos jornalistas cabe alertar, mas nem precisamos de fazer campanha. Basta fazer chegar ao leitor o que disseram, por exemplo, Rui Bragança, Fernando Pimenta, João Pereira ou José Carvalho. A experiência na primeira pessoa devia ser suficiente para se perceber o que está em causa.

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