Está frio, ainda não perceberam?

Entrar no loja e perguntar se têm roupa quente era algo que não estava à espera de fazer no Rio de Janeiro. Mesmo sabendo que é inverno neste lado do Mundo. Dizem-nos que não é normal este frio e, principalmente, esta chuva. Isto não mostravam as novelas. Nas novelas está sempre sol no Rio, há sempre praia, água de coco e toda a gente tem belas casas e uma empregada interna. Devia ter logo percebido que a vida real não é assim. Os próprios brasileiros parecem algo confusos com estes dias de 15 graus e continuam estoicos na decisão de não desligarem os ar condicionados da potência máxima, o que vai enchendo as salas de imprensa de aflitivas tosses e lamúrias. Mas o que mais arrepios me causou ontem não foi este frio estranho, que nem os locais conseguem explicar. Esse frio passa. Não passa a arrepiante despedida de João Rodrigues. Um adeus à vida olímpica em lágrimas, depois de não conseguir um lugar na MedalRace do RS:X foi escassos 2 pontos. A justiça poética não se escreveu ontem, porque João merecia mais. Eu, no alto dos meus 29 anos, não sei o que são uns Jogos Olímpicos sem João Rodrigues. Foram sete olímpiadas, grandes resultados, que culminaram com uma despedida de emoções: num país que tanto ama, o madeirense foi porta-estandarte de Portugal e por uma unha negra não seguiu para a disputa das medalhas. Farewell João, cá ficaremos a tomar conta dos teus Jogos.

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