Filipe Lima nasceu em França há 34 anos mas não podia ser mais português. Nos últimos anos "sofreu e sofreu e sofreu" (as palavras são do próprio) com uma grave lesão nas costas, que por pouco não o obrigou a arrumar os tacos. Talvez por isso não se encontrará alma mais eufórica por vestir o vermelho e verde de Portugal no Rio de Janeiro, mesmo que Lima, que "nasceu a 60 metros de um campo de golfe", seja um fervoroso adepto do azul do FC Porto. "Vocês nem imaginam a emoção", conta aos jornalistas, num entusiasmo que normalmente só atinge quem tem de sentir o país de fora. Isto antes de nos contar o sufoco que foi lá em casa durante a final do Euro’2016, ele e a mulher (também ela luso-descendente) de joelhos, à espera do derradeiro apito do árbitro. Filipe até podia estar dividido entre as suas duas pátrias, mas como tantas vezes repetiu ao longo da conversa com os jornalistas "o sangue pesa muito". O sangue, essa coisa inconsciente, mas que significa tudo na hora de sentir. Imaginem agora o que era Filipe Lima ouvir o hino nacional no lugar mais alto de um pódio...
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