O derradeiro obstáculo

Estava perfeito, até aquele último obstáculo da 1.ª ronda cair. Não tem tombado e Luciana Diniz e a elegante Fit for Fun 13 estariam na luta por uma medalha. As más surpresas por vezes vêm no final, mas as boas também. Faltam dois dias para terminarem os Jogos do Rio. Na primeira semana, da cidade pouco vi. O cenário encantado dos postais estava lá longe, não aqui na Barra, onde os retilíneos blocos de apartamentos e os centros comerciais pouco têm a ver com a tal Cidade Maravilhosa. Mas eis que a canoagem nos levou à Lagoa Rodrigo de Freitas. O caminho é feito à beira-mar. São Conrado, Gávea, as palmeiras que dançam ao suave sabor do vento, a Av. Niemeyer. Oiço Jobim na minha cabeça. A seguir à montanha, o Leblon, Ipanema, Copacabana. Aquele caminho reconcilia-nos. A última barreira com o Rio é quebrada. Esquecemos as salas de imprensa apinhadas, os transportes que nunca andam à tabela, os voluntários que insistem em falar connosco em inglês. Ou o facto de agora estar com fome e a comida ter acabado no Pontal. Não faz mal, hoje volto a fazer o caminho. Pela última vez (ui, isto está a acabar e deu-me a nostalgia). O último obstáculo entre Portugal e uma medalha é a prova de K4 1.000. Pagaiamos?

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