Quando entrei no avião em Lisboa rumo a França, na companhia dos meus colegas José Carlos Freitas e Pedro Ferreira – o Hugo Neves juntou-se a nós apenas na final –, para acompanhar Portugal no Euro’2016, não imaginava que, 34 dias depois, deixaria Paris com o título no bolso. Desengane-se quem pensa que um jornalista não pode vibrar com o jogo quando está sentado numa bancada de imprensa. Foram muitas emoções, as que vivemos ao longo daquele mês, e naquele momento em que o tempo parece ter parado, entre o remate do Eder e o som da bola a bater nas redes, confesso, fui um verdadeiro adepto da nossa Seleção. E se perguntarem a todos os jornalistas portugueses que ali estavam à volta, tenho a certeza de que nenhum deles terá vergonha de admitir que gritou aquele golo a plenos pulmões.