Foi um leão sem talento, sem classe, que vimos no sábado em Alvalade. Jorge Jesus regressou, há duas semanas, àquela cena da "elevada nota artística" das suas equipas e neste caso do Sporting, como se não fosse imperativo que assim se verificasse quando se tem pela frente equipas de muito menor dimensão. Conversas de entreter.
O grande teste, a nota artística, o talento e a classe de uma grande equipa define-se nos jogos de decisão. O Sporting falha sempre nesses momentos. Até dói. Como pode um clube ganhar troféus quando claudica nos confrontos do sim ou não? Não pode. Há mais de uma década que o Sporting anda nisto e nesta época assinou um dos seus piores desempenhos de sempre. Nos últimos 30 anos o FCPorto nunca tremia, nesta altura tem sido um par do Sporting na desgraça; quando pode chegar à liderança, naufraga. O Benfica agradece.
Neste dérbi, os leões, atacados pela velha e medonha tremedeira, não acertavam com os passes a meio campo e foi confrangedor ver a perda de bola segundos depois da redondinha estar nos pés dos jogadores do Sporting. O empate foi uma benção dos deuses.
Num embate em que os detalhes tudo definem, é incompreensível que os médios e defensores leoninos tenham caído no erro amador de faltas sistemáticas em zona central e em cima da área; uma, duas, três vezes até que o Benfica acertou com o golo. Os encarnados não cometeram uma única falta dessas, virtude do treinador do Benfica que soube preparar os seus jogadores para o que, num dérbi, não se deve fazer. Jorge Jesus engoliu de Rui Vitória, que desprezou, um baile de disciplina táctica. Não se ganham jogos nem troféus com discursos egocêntricos e desconchavados. No campo o Sporting foi uma equipa que não mostrou futuro, uma águia pequena deixou isso claro.
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