Eduardo Dâmaso
O acordo que a defesa de Rui Pinto fez com o Ministério Público teve dois resultados, um mais natural do que o outro. O primeiro foi a liberdade, que teve quase de imediato, embora limitada por óbvias questões de segurança. O segundo foi a garantia de não se auto-incriminar com a informação retirada dos discos rígidos que desencriptou, o que se compreende também mas pode esbarrar na lei. Rui Pinto conseguiu, na prática, ver-se ilibado de todos os crimes indiciados ou a indiciar no futuro contra si. O furto da correspondência electrónica do Benfica, por exemplo, se esta tese vingar, não pode ser usada contra Rui Pinto mesmo que os mails sejam encontrados nos discos rígidos desencriptados.