Eládio Paramés
                            Com o encerramento de mais um período das selecções, recomeçaram as competições a sério, nuns casos, jogos de campeonato, noutros, jogos para as taças locais. E esta semana regressa também a mais importante prova do calendário Mundial – a Champions League!
Nos campeonatos, surpresa para o que está a acontecer aqui mesmo ao nosso lado, com o Sevilha a liderar a classificação e, pasme-se!, com nada mais nada menos que 6 pontos 6 sobre o Real Madrid. Equipa que, com a saída de Cristiano Ronaldo, parece ter ficado órfã e para a qual nem a mudança de treinador serviu de estímulo. Como aliás era previsível. E se os resultados são tristes, mais tristes ainda são as acusações relacionadas com o caso de doping do seu «capitão» Sérgio Ramos que têm sido publicadas e as esfarrapadas defesas apresentadas pelo clube e pelo jogador. Uma vergonha.
Em Inglaterra não há surpresas por aí além. O City continua a impor a sua "petrodólar-supremacia" e apenas o Liverpool lhe vai mordendo os calcanhares. Quanto ao United, voltou a ter um resultado negativo, empatando em casa, o que, visto o jogo, até nem foi mau de todo. Mas, ainda pior que o resultado foi a tristonha exibição da equipa de Mourinho, que esteve 68 minutos a jogar com 10, já que Pogba decidiu «não querer» jogar. Bem fez o setubalense em mandá-lo para a bancada e espero que assim continue até perceber que lá dentro há que trabalhar. Provavelmente, o francês estará bem mais com a cabeça em Turim do que em Manchester, então que se mude…
Porém, a maior vergonha de todas não foi o que aconteceu em Buenos Aires, quando a equipa do Boca estava a chegar ao estádio do River para a segunda-mão da final da "Copa Libertadores da América", pois actos de selvajaria deste tipo não são casos únicos. A vergonha maior foi constatar que nem os dirigentes da Conmebol, nem os da FIFA foram capazes de adoptar as medidas que, de facto, se exigiam perante a violência desencadeada pelos «pobres» energúmenos (alguns, claro) apoiantes dos «milionários». Impunha-se não os sucessivos adiamentos, primeiro de horas, depois de dias, agora de semanas, mas pura e simplesmente uma dura e exemplar punição desportiva (e não só) do clube e a atribuição da vitória ao adversário.
Mas que devemos nós esperar de um organismo que, tal como por exemplo a UEFA, se limita a fechar os olhos a tantas denúncias – e a outras tantas golpadas – que enchem as páginas dos jornais?