Joaquim Evangelista
O ano de 2025 será lembrado pelos atos eleitorais. Depois de várias organizações desportivas, o resultado eleitoral do país gerou surpresas apenas para os que andam mais distraídos. A viragem no sentido de voto dos portugueses e aparente mudança de paradigma deixa em alerta os partidos do chamado arco da governação. Penaliza os líderes que, à margem do seu programa, experiência ou validação pelos pares se esqueceram de trabalhar com adesão à realidade, para todos, dos grandes centros urbanos às periferias, no retrato de um país com profundas desigualdades e demasiada especulação. Torna-se fundamental no atual quadro político, social e económico demonstrar que não pode valer tudo. É cada vez mais difícil escrutinar factos e combater uma onda de desinformação, populismo e protesto que, por agora, parece ter chegado para ficar.