Joaquim Evangelista
Tem sido um verão difícil para quem acompanha as situações de incumprimento nos clubes portugueses, com o regresso de PER's e insolvências sem tréguas. O último desastre à espera de acontecer chegou com a confirmação do colapso financeiro da Vilaverdense SAD, após uma época a esticar a corda com condições de trabalho precárias, atrasos nos pagamentos e negociações para alcançar acordos, que não foram suficientes para minimizar o buraco financeiro. Uma insolvência que exemplifica a ineficácia completa do sistema de escrutínio dos investidores em Portugal, ao nível das exigências apresentadas a quem quer investir e assumir, de direito ou de facto, a administração de um clube de futebol. Nenhuma das medidas introduzidas na legislação das sociedades desportivas ou das obrigações ao nível da transparência conseguem resolver este problema.