Joaquim Jorge
No passado fim-de-semana, o futebol a nível internacional teve momentos incomuns. José Mourinho, ao aperceber-se de um erro clamoroso do árbitro, colocou o seu computador com uma imagem fixa, junto ao VAR, que mostrava a jogada em que não havia fora-de-jogo de Dzeko. Apesar disso o seu clube, Fenerbahçe venceu por 2-0, o Antalyaspor.
Mas não deixa de ser uma loucura curiosa, a forma criativa e única com que José Mourinho protestou. Por isso, levou um amarelo, mas deve ter sido dos amarelos, que menos lhe fizeram mossa e provou que tinha razão. Mourinho sempre foi inovador, e continua a inovar até na forma de protestar.
No Atlético de Madrid – Real Madrid, o árbitro foi obrigado a interromper o jogo na 2.ªparte devido ao lançamento de objectos no campo. Começaram a cair isqueiros para Courtois, depois de comemorar para a bancada de forma provocatória. Não deixou de ser uma anedota ver Koke, Simeone e outros jogadores a pedir, quase a suplicar, para pararem com os arremessos e para se acalmarem.
O árbitro fez bem, por que Courtois podia ter sido atingido. Pensei que no recomeço do jogo podia ser pior, mas tudo serenou. Foi impactante ver imagens de adeptos encapuzados sem ser possível identificá-los. Felizmente tudo acabou bem.
É importante o futebol ser bem frequentado, em que qualquer pessoa possa ir ver um jogo, sem medo ou receio de confrontos físicos.
É importante erradicar estas minorias através da educação e de sanções. Neste caso, o Atlético de Madrid vai pagar pelos erros dos seus apoiantes, mas é importante o exemplo.
O futebol tem que ser um desporto que une e não divide, mas que respeita as regras de convivência numa sociedade democrática.
A rivalidade é salutar dentro dos parâmetros do respeito e cordialidade. O futebol tem que zelar pela igualdade e "fair play".
Sou contra a violência, o racismo, a xenofobia e a intolerância no desporto. A forma de alterar este estado de coisas é tolerância zero,
com sanções pesadas, como interdição dos infractores nos recintos de jogo e multas pecuniárias.
Punir arremesso de objectos, invasão de campo, embriaguez, participação activa em confrontos entre adeptos, entre outros.
As claques de futebol foram criadas para apoiar os clubes, mas com o tempo tornaram-se um problema para os próprios clubes. As claques deveriam ser erradicadas do futebol. As claques tornaram-se grupos perigosos, violentos com interesses díspares, que nada têm que ver com futebol.
Os clubes criaram as claques, que se tornaram monstros incontroláveis.