Joaquim Jorge
O regresso do futebol em Portugal não inclui adeptos, o que é uma tristeza e algo inaudito. Depois os jogos não são em canal aberto e muitos adeptos ficaram de fora, nem toda a gente tem a Sport TV ou Benfica TV.
O futebol sem público é contra-natura, parece um treino puxado. É um evento triste e quem vê perde o interesse.
É importante logo que se possa, os jogos terem adeptos nos estádios. Pôde-se ir a um evento no Campo Pequeno porque é que não se pode ter adeptos num estádio de futebol? Espanha está a pensar ter 1/3 da lotação dos estádios. Seria um bom recomeço. Não há razão para não acontecer, é um local ao ar livre, basta controlar devidamente as entradas e saídas do estádio.
O futebol já perdeu quase tudo, adeptos e interesse. Só não perdeu as transmissões televisivas, mas como não acontece em canal aberto, torna-se para uma elite que paga. As aglomerações nos cafés, bares e afins não são permitidas.
Um jogo de futebol sem gritos, abraços e burburinho não é um jogo de futebol. Jogos sem público é uma simulação da realidade.
Mas vamos ao que interessa, esta 4.ªfeira começou, de novo, o campeonato nacional depois do coronavírus. O Portimonense venceu o Gil Vicente por 1-0.
Segui o jogo Famalicão- Porto na Sport TV, a primeira parte foi pobre e o Porto parecia que não queria marcar, teve várias oportunidades, mas não o conseguiu concretizar.
Na segunda parte começa com um erro de Marchesín, guarda-redes que tem salvo o Porto em tantas ocasiões, mas desta vez a comprometer.
A entrada do Zé Luís teve um efeito psicológico, acabou de entrar e Corona estabeleceu o empate. O Porto nem respirou e Fábio Martins marcou, o Famalicão adiantou-se, de novo, no marcador 2-1.
A ideia que fiquei do jogo é que o Porto foi dominador, mas atabalhoado e perdulário. A defesa do Porto esteve muito insegura e inconsistente.
A paragem pelo coronavírus não foi boa para o Porto. Escrevi esta crónica, antes de se realizar o jogo Benfica - Tondela, contudo, se o Benfica vencer passa para a frente do campeonato.