Joaquim Jorge
Rúben Amorim está de saída do Sporting, mas quanto a mim, desde que se tornou público a sua ida para o Manchester United, o risco de ficar a orientar alguns jogos foi enorme, mas saiu-se bem.
Era assim que deveria ter acontecido, tinha tudo para correr mal, mas melhor seria impossível. Às vezes o risco compensa.
Rúben Amorim deu muito dinheiro a ganhar ao Sporting pela sua cláusula de rescisão e é humano ter direito a tentar a sua sorte na Premier League. Disse que saía somente no final da época, mas é atendível e perceptível, a mesma água nunca passa duas vezes por baixo da mesma ponte, é uma oportunidade que não pode nem deve ser rejeitada.
Se recusasse poder-se-ia arrepender para o resto da sua vida, poder treinar o Manchester United é prestigiante.
A vitória contundente ( 4-1) sobre o Manchester City foi a cereja no topo do bolo. Vai sair pela porta grande, em vez de sair pela porta pequena.
Foi uma vingançazinha ao derrotar o Manchester City 4-1, tinha perdido 5-0 em 2022,
Vencer Pep Guardiola, considerado um dos melhores treinadores do Mundo e o Manchester City, campeão da Premier League é mesmo muito bom.
A sua referência a José Mourinho é bonita e elegante, mas não podemos esquecer que a passagem de José Mourinho pelo Manchester United não foi cor-de-rosa. O Manchester United precisa de se reestruturar e mudar de vida como disse muito bem Cristiano Ronaldo.
O Manchester United vive de um nome que se está a desvanecer com os anos. Realmente José Mourinho abriu as portas a inúmeros treinadores portugueses, foi o pioneiro e bem sucedido. No fundo, com Mourinho começamos a ver que somos capazes e tão bons como os outros, o estigma de ser português desvaneceu-se.
O Sporting de Rúben Amorim teve um início de temporada avassalador. Cheio de vitórias no campeonato nacional, 30 dos 30
pontos possíveis que os colocam na liderança. Na Liga dos Campeões, Rúben Amorim soma três vitórias e um empate e também está no topo.
O Sporting e os portugueses que gostam de ver uma equipa jogar para a frente vão ter saudades.
No futebol deve-se malhar no ferro enquanto está quente e para Rúben Amorim o céu é o limite.