Jornada interessante em que tivemos de tudo no que à vídeo-arbitragem diz respeito. Eustáquio (FC Porto) intercetou um remate à baliza usando o braço/cotovelo de forma ilegal: penálti que o árbitro não viu e que, por ser situação clara e óbvia, justificava intervenção VAR que, erradamente, não aconteceu. No mesmo jogo, Evanilson (FC Porto) pisou a zona do tendão de Aquiles de Gustavo Sá (Famalicão) em lance na fronteira entre o amarelo e o vermelho. O árbitro errou ao não atuar disciplinarmente , mas o VAR esteve bem ao não intervir por não ser um lance claro e óbvio para vermelho. Também em lance discutível de amarelo versus vermelho, por falta de Marcelo (Moreirense) sobre Kökçu (Benfica), o árbitro exibiu amarelo. Discordando da decisão do árbitro, aceito a não intervenção do VAR, considerando que há margem de discussão/interpretação nesta infração. No Sporting-Gil Vicente aconteceu o lance mais discutido da jornada. Intervenção VAR após Gyökeres ter obtido golo em lance de contacto com o defesa. O árbitro não viu qualquer infração atacante em jogo e, depois de ver as imagens, manteve a sua opinião inicial. Concordo com o árbitro e discordo da intervenção VAR, mas trago este lance à conversa por ter achado muito interessantes as declarações de jogador e treinador do Gil Vicente: ambos referiram a ideia de que "se o VAR chamou é porque é para alterar a decisão". Verdade. A ideia de que "o VAR devia ter chamado o árbitro para que este pudesse ver as imagens afim de ter a certeza da decisão que quer tomar" é erradamente muitas vezes amplificada pelos agentes desportivos. Umas vezes interessa uma versão. Outras vezes, outra.