 
José Manuel Freitas
 
                            
Passou de preso preventivo a preso domiciliário. Tarde e a más horas, tendo em conta múltiplas atrocidades – dos assassinatos à violência doméstica – que nos entram nestes tempos casa dentro. Estar em prisão domiciliária parece-me, do que observo, forma mais leve de estar detido, embora estando numa casa da PJ e vigiado a tempo inteiro… para segurança do próprio Rui Pinto. Mesmo assim, e sem poder tocar em computadores, abre-se aqui uma janela de oportunidade para que a sociedade fique a saber das verdades que o famoso "hacker" deve ter escondidas, sem deixar de cumprir o castigo que lhe é devido por ter invadido (e surripiado "material") a casa do alheio. Amarrado ao silêncio durante um ano – deu aquela abébia no "Luanda Leaks" – que venha de lá agora o que interessa. Porque isso dá-nos muito jeito, como tantas vezes defendi, mesmo que, como noticia o Expresso, o que está nos discos rígidos não sirva de prova. Mas pode contribuir para que se conheçam muitos dos podres que têm dominado os bastidores, da política à banca, passando pelo Desporto. O ar em Portugal, mais respirável devido à pandemia, merece ficar puro. Doa a quem doer!