Leonor Pinhão

Leonor Pinhão
Leonor Pinhão

Um Estado, dois Estados, três Estados

Os acontecimentos trazem à lembrança aquela suprema inconfidência de Luís Filipe Vieira publicada numa sua biografia. "Garanto-te que no Porto nunca eras detido", ter-lhe-á dito Pinto da Costa depois dos trâmites por que o cidadão Vieira passou quando a Operação Cartão Vermelho lhe bateu à porta. Atente-se que a frase citada pelo biografado não é "garanto-te que no Futebol Clube do Porto nunca serias detido", o que não faria sentido porque nenhum clube de futebol é um Estado dentro de um Estado. O que Pinto da Costa terá garantido a Vieira, segundo Vieira, foi que, no Porto, uma metrópole pujante e moderna, jamais lhe aconteceria o que lhe acabou por acontecer em Lisboa. Sabendo-se hoje que, na mesma cidade do Porto, grupos de bandidos se dedicam metodicamente a agredir e a ameaçar gente, a danificar propriedade privada e a roubar bens sem que nada lhes aconteça e sem que ninguém os impeça, como evitar que nos acuda à memória aquele "garanto-te que…" atribuído, ao presidente do FC Porto por um ex-presidente do Benfica tombado nas malhas da Lei e logo na sede do "centralismo"?

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