Leonor Pinhão

Leonor Pinhão
Leonor Pinhão

Um lindo tributo à imparcialidade ativa

O juiz adepto do Benfica que ia julgar o caso de Rui Pinto pediu escusa do processo por motivos do seu benfiquismo público e notório poder vir a inquinar a decisão. Fez lindamente. É assim mesmo. O meu avô, um sujeito bastante pessimista, sempre me disse que os piores juízes para o Benfica eram os juízes do Benfica. Referia-se, obviamente, aos juízes de campo, aos árbitros dos jogos de futebol confessamente benfiquistas que decidiam maquinalmente contra o Benfica todos os lances capitais para provarem a martelo a sua isenção. O julgamento de Rui Pinto que está na origem da renúncia do juiz benfiquista não tem nada a ver com o Benfica – tem a ver com o assalto informático aos servidores do Sporting e da Doyen por parte do hacker do cabelo em pé – mas, por isso mesmo, é de aplaudir a escusa do juiz. De acordo com a teoria do meu avô, a sua decisão seria sempre favorável no tribunal aos interesses do Sporting para que desse episódio judicial saísse intacta a sua honorabilidade e a sua imparcialidade.

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