Marco Ferreira
As jornadas iniciais do campeonato tiveram desempenhos positivos das equipas de arbitragem, respeitando o objetivo principal de não cometerem erros com impacto no resultado final. Os desempenhos globalmente positivos não apagam, porém, alguns erros cometidos fruto de certa insegurança demonstrada por alguns árbitros. As recentes mudanças na estrutura formativa vieram criar alguma instabilidade num setor no qual, neste momento, reside a dúvida de quem realmente tem a gestão da arbitragem em Portugal. Na Amadora foi assinalado um penálti corretamente num jogo em que a gestão disciplinar foi negativa. Em Alvalade a intervenção do vídeo-árbitro foi decisiva ao sinalizar uma falta grosseira na área – penálti e expulsão que passou impune na análise do árbitro em campo. Em Barcelos assistimos a um jogo bem disputado, com o árbitro a mostrar alguma insegurança nas suas decisões técnicas e disciplinares fruto da pouca experiência neste tipo de jogos. A gestão do quadro de árbitros implica fazer nomeações muitas vezes incompreendidas pelos clubes, mas nem sempre é possível nomear os melhores para os melhores jogos, nem para as melhores equipas. Os clubes continuam empenhados em desestabilizar a arbitragem usando as armas habituais na tentativa de pressionar os árbitros. A competitividade demonstrada neste início de época tem de ser acompanhada por uma arbitragem forte e transparente, só assim é garantida a verdade desportiva.
