Marco Ferreira
O clássico da última jornada foi um bom exemplo da qualidade que o futebol português pode proporcionar. A qualidade do jogo foi bem visível em todos os aspetos. Uma partida bem disputada com muita luta nas disputas de bola, mas sempre com a correção e o respeito que o desporto exige. Os protagonistas foram os jogadores, encararam o jogo de forma positiva, focados no objetivo da vitória e naquilo que cada um podia fazer para nos presentearem com um jogo digno das melhores ligas europeias. O árbitro, estreante nos clássicos, soube assumir o seu papel secundário e contribuiu para um jogo intenso, arriscando adotar um critério técnico largo. Não ficou isento de erros, sem qualquer impacto negativo no jogo, mas esteve à altura da responsabilidade, assumindo uma postura calma e segura. A nomeação foi acertada e coloca mais um árbitro no leque de nomeáveis para os grandes jogos, dando a possibilidade ao Conselho de Arbitragem de quebrar o ciclo vicioso dos últimos anos, em que a falta de confiança na qualidade dos árbitros obrigava a nomeações mais cómodas para o CA.