Marco Ferreira
As polémicas dos contactos nas áreas tem alimentado a discussão ao longo do campeonato. O campeonato continua equilibrado nos lugares cimeiros, com isso é imperativo continuar a alimentar polémicas em qualquer contacto que exista nas áreas. Os clubes voltaram a optar pelos velhos hábitos, com comunicados sobre hipotéticos casos de arbitragem nos jogos dos rivais, uma forma de pressionar os árbitros nas suas análises e desempenhos. Qualquer mínimo contacto na área é mais que suficiente para lançar suspeitas sobre as decisões dos árbitros, muitas vezes comparando com situações do século passado, como forma de descredibilizar as decisões atuais. A última jornada não foi exceção: em Alvalade, o árbitro assinalou corretamente dois penáltis sem necessidade da intervenção do vídeo-árbitro. Miguel Nogueira assumiu toda a responsabilidade das suas decisões, com coragem e competência. Em Vila do Conde, João Gonçalves não puniu um pisão de Andreas sobre Amdouni dentro da área, numa situação muito difícil de analisar no terreno de jogo. Penálti claro e óbvio, que passou despercebido ao mais ‘conceituado’ vídeo-árbitro português. O futebol é um desporto onde os contactos são permitidos mas, para alguns incendiários, qualquer toque é suficiente para inventar e alimentar polémicas, desde que isso sirva para satisfazer os interesses pessoais.