Marco Ferreira
Era muito típico do povo português ter alguns complexos de inferioridade e achar que o estrangeiro é que tem qualidade. Esta 'tara e mania' era muito habitual numa faixa etária mais experiente que, infelizmente, teima em não evoluir e continua a espalhar esse fetiche, quase diariamente, no espaço mediático que ainda tem no comentário desportivo. Na próxima jornada, o dérbi pode ser decisivo para o título e, como habitual, a imprensa é utilizada para pressionar todo o setor da arbitragem com declarações que deviam envergonhar toda a sociedade desportiva. A qualidade da arbitragem portuguesa é sempre o alvo preferido dos clubes e dos seus responsáveis sempre que a equipa não ganha. Atualmente, esse critério passou a ser secundário e vale tudo para pressionar todo o setor, até mesmo utilizando as arbitragens dos jogos dos rivais, de forma a condicionar e pressionar. Não vejo essa assertividade nas críticas quando as equipas portuguesas são derrotadas, perante as equipas poderosas da Europa, prejudicadas com erros de arbitragem. Nesses casos, o silêncio é preferível como forma de evitarem castigos da UEFA, bem mais impactantes em relação aos 'miminhos' que os clubes aprovam, em benefício próprio, nas competições internas. Entre presidentes, dirigentes, diretores de comunicação, empresários, jornalistas e comentadores, será que só os árbitros deviam ser estrangeiros?