Marco Ferreira
As últimas jornadas equilibraram as contas da 1.ª Liga com a aproximação na tabela das principais equipas que lutam pelo título. O aumento da competitividade, aliado ao interesse em desviar as atenções de conflitos internos, tornou esta a altura perfeita para voltarem os ataques aos árbitros. O caso que motivou mais críticas aconteceu em Famalicão após Luís Godinho ter anulado um golo, após excelente intervenção do VAR Tiago Martins, e ter assinalado penálti na área contrária, fruto da infração de Pepê, que intercetou a bola com o braço. Pepê, ao fazer a rotação, movimenta o braço na direção da bola acabando por a intercetar de forma irregular. Os lances com as mãos/braços promovem sempre grandes discussões e são ideais para que qualquer argumento sirva para convencer os menos atentos. Comparar lances incomparáveis, discutir se foi com a direita ou com a esquerda, se o jogador estava de costas, tudo serve para convencer que os culpados do insucesso são sempre os árbitros. Eles não são infalíveis, os jogadores, treinadores, dirigentes e presidentes também não, a diferença está na forma como se encara o erro: para uns faz parte da natureza humana, para outros serve como arma de ataque contra tudo e todos. No final das contas a conclusão sempre foi a mesma, os candidatos ao título sempre foram os que mais beneficiaram com erros de arbitragem.