Marco Ferreira
João Pinheiro e André Narciso não foram competentes no dérbi, cometeram erros com influência no resultado num jogo onde qualquer uma das equipas podia sair com o título de campeão nacional. O Conselho de Arbitragem optou por nomear o árbitro mais categorizado para o jogo mais importante, situação compreensível e normal caso João Pinheiro não tivesse dirigido, em menos de 48 horas, uma meia-final de uma competição europeia. A nomeação evidenciou falta de confiança do CA nos restantes árbitros FIFA e transmite uma mensagem para o exterior nada abonatória em relação ao futuro. No estádio do Bessa, aconteceu uma situação pouco habitual que motivou um erro da equipa de arbitragem. Cláudio Pereira assinalou penálti num lance onde Zé Pedro pontapeia a bola contra o braço de Nehuén Pérez quando este levantou o braço para indicar a zona onde o colega devia colocar a bola. A volumetria foi clara e óbvia e, caso não fosse uma exceção à lei, era totalmente justificável a decisão tomada em campo. O IFAB emitiu um esclarecimento em 2021 que definiu não existir infração nas situações onde o defesa está muito próximo do colega, numa bola inesperada e quando os braços já estavam naquela posição, mesmo em volumetria, antes da bola partir. Um caso raro de justiça onde a valorização do espírito do jogo foi prioritária em relação à aplicação cega das leis de jogo.
