Marco Ferreira
A tecnologia das linhas dos foras-de-jogo adotada em Portugal carece sempre da intervenção humana, logo está sujeita ao erro. O sucesso dessa tecnologia está associado ao grau de confiança existente em relação aos árbitros. Esta explicação foi ocultada inicialmente, o que beneficiou o ambiente desportivo vivido durante meses, não por ter aumentado o nível de confiança, mas sim pelo desconhecimento da sociedade. Quanto menor o ‘tamanho’ do fora-de-jogo, maior é a desconfiança, não pela tecnologia, mas sim pela intervenção humana para a tomada de decisão. No nosso país, a existência de uma margem de erro não irá diminuir as críticas, porque existirá sempre o fator humano na tomada de decisão, sendo este o único motivo que provoca o ambiente tóxico em torno da arbitragem. Mudar sim, não na tecnologia, mas sim na mentalidade.