Marco Ferreira
O Conselho de Arbitragem (CA) eleito, apesar de continuar ausente e em silêncio, optou por quebrar o ciclo vicioso nas nomeações para os jogos mais importantes. Os clássicos/dérbis são os jogos com mais impacto/mediatismo no nosso campeonato, não só para as equipas, mas também para os árbitros escolhidos para dirigirem esse tipo de jogos. O Regulamento de Arbitragem sempre premiou os árbitros dos clássicos/dérbis com uma ‘classificação extra’ independentemente dos desempenhos em campo, ou seja, um árbitro, só por ter sido nomeado, tem um bónus na sua classificação final. Ao longo dos anos habituamo-nos a ver os mesmos árbitros nos jogos mais importantes e, consequentemente nos lugares cimeiros das classificações. Era um ciclo vicioso que transmitia uma falsa perceção de qualidade em alguns árbitros, muitos com carreiras construídas fora dos terrenos de jogo junto das pessoas ‘certas’. O atual CA tomou a opção correta em acabar com essa injustiça, não por coragem, mas sim pela saída de alguns árbitros que sempre tiveram prioridade para os grandes jogos e para o topo da tabela classificativa. Esta época tem sido um bom exemplo com o aparecimento de jovens árbitros a dirigirem os grandes jogos com desempenhos bem mais competentes face ao passado recente onde estes jogos eram usados simplesmente para promover árbitros sem qualidade.