Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares Jornalista

Vamos com calma!

É incontestável que temos uma grande Selecção, talvez a melhor de sempre. Mas isso não basta para partirmos do princípio de que somos favoritos, ou mesmo dos principais candidatos ao título europeu. Não basta ter um Ferrari nas mãos para ter a certeza de que ganharemos a corrida. Talvez muita da euforia com que partimos para este campeonato resulte da ilusão que nos fez confundir, a todos, uma grande dose do factor sorte com uma dose exclusiva do factor mérito. O inédito apuramento 100% vitorioso, por exemplo, teve muito de mérito mas também da integração num grupo onde só estavam equipas completamente acessíveis. E não foi então por acaso que, terminados esses jogos e entrando nos jogos de preparação, assim que apanhámos uma equipe mais forte, a Croácia, não só perdemos o jogo em casa, como levámos um banho de bola no Jamor. Mas isso não arrefeceu o entusiasmo de nenhum de nós, confiantes como estávamos no valor dos 26 que foram para a Alemanha, e curiosamente foi só um deles, Rúben Dias, a avisar que grandes talentos individuais não faziam necessariamente uma grande equipa.

Deixe o seu comentário