Miguel Sousa Tavares
Acho que todos os portistas concordarão que batemos no fundo. Pelo menos, aqueles que vou encontrando, todos concordam com a minha ideia de que não temos memória de ver uma equipa de futebol tão fraca com as cores azuis e brancas. O ponto de partida há um ano era bastante complicado, mas, numa primeira apreciação, parecia que, apesar do aperto financeiro e da saída de jogadores importantes, os danos tinham sido minimizados graças a contratações ou empréstimos cirúrgicos. Mas depois saíram Galeno e Nico, Pepê embarcou numa temporada irreconhecível e as contratações revelaram-se afinal quase todas flops: Nehuén Pérez, Tomás Pérez, Deniz Gül, William Gomes e mesmo Francisco Moura, que, em minha opinião, é bem mais fraco do que Zaidu, sobretudo a atacar e a cruzar: salvou-se o emprestado Fábio Vieira, cujo valor já conhecíamos, e Samu, mas apenas enquanto Anselmi não o deixou sozinho com a missão de construir e finalizar golos. E temos agora Gabri Veiga, cujo valor ainda está por perceber, assim como a sua exacta posição e função no onze, que não sei se ele próprio saberá.