Miguel Sousa Tavares
1-Passamos a vida a ouvi-los dizer que ninguém está acima do clube, que todos eles estão ali só e apenas para o servir e que no dia em que sentirem que já não os querem, vão-se embora sem nada pedirem. Mas na hora da verdade, toda a conversa muda de figura. Já o tínhamos visto com as penosas e desagradáveis despedidas de Pinto da Costa e do seu séquito na SAD do FC Porto e vimo-lo agora outra vez, e se calhar de forma ainda pior, com Sérgio Conceição. Esta gente, longe de se ajudar a si própria, longe de deixar de si uma imagem de dignidade e desprendimento, cuida antes de, em nome de uma invocada e deslocada dignidade, deixar uma lamentável última memória.