Miguel Sousa Tavares

Miguel Sousa Tavares
Miguel Sousa Tavares Jornalista

Novo Porto, velhos e bons hábitos?

Jorge Costa não foi apenas um símbolo do FC Porto e o depositário dos valores e da mística do clube, cuja memória os adeptos guardarão para sempre. Não foi apenas o capitão na época gloriosa do FC Porto e o último jogador português a erguer ao alto um troféu europeu de clubes conquistado por um clube português – e logo a Liga dos Campeões, em Gelsenkirchen. Isso foi o seu passado, o seu glorioso passado. Mas, no presente, Jorge Costa era o director desportivo do futebol azul e branco, o homem que os jogadores viam sempre seguindo atento cada treino e cada jogo. O homem que lhes tentava transmitir o que significava ser jogador do FC Porto, aquele que da linha lateral os incentivava e empurrava para a vitória. Por isso mesmo, é difícil imaginar o que terá sido a semana passada para a equipa do FC Porto, como conseguiram abstrair-se da tragédia e do luto e treinar, como conseguiram mentalizar-se para entrar em campo na primeira jornada do campeonato sabendo que sob os seus ombros e sob o olhar de 48.000 portistas presentes e muitos mais ausentes, pesava a imensa responsabilidade de, como disse o seu treinador, honrar a memória e o legado de Jorge Costa.

22
Deixe o seu comentário