A chegada de Diego Castel-Branco ao Benfica não é apenas a contratação de um jovem promissor, é uma jogada cirúrgica que diz muito sobre a estratégica das águias no mercado europeu.
O jovem avançado, de apenas 16 anos, tem brilhado nos sub-17 do Borussia Dortmund com 18 golos em 22 jogos e, dizem, já terá lugar reservado na equipa principal encarnada para 2025/26, o que na minha opinião é algo precipitado. A ver vamos.
Mas o que leva um grande talento da formação alemã a trocar o BVB Dortmund pelo Seixal?
A resposta está na combinação da força do nome Benfica e do seu projeto desportivo, com a estrutura de formação dos encarnados.
Diego é filho de pais portugueses e, ao que tudo indica, essa ligação familiar foi fundamental para contornar a proibição da FIFA sobre transferências internacionais de menores.
Graças à dupla nacionalidade portuguesa, a operação respeita os regulamentos, mas é também o resultado do trabalho de bastidores do scouting benfiquista.
E não é a primeira vez que o Benfica aposta no mercado alemão. Julian Weigl chegou em 2019 precisamente vindo do Dortmund. Mais recentemente, Jan-Niklas Beste reforçou a ala esquerda encarnada. Estas movimentações confirmam uma relação sólida dos decisores das águias com o futebol germânico, uma aposta numa escola conhecida por formar jogadores taticamente completos e mentalmente extremante preparados.
O Dortmund é um gigante formador na Alemanha. Recentemente Moukoko, Paris Brunner (Bola de Ouro no Mundial sub-17) e outros talentos, têm feito do clube alemão um verdadeiro viveiro. Que o Benfica tenha conseguido recrutar este jovem a um clube deste nível é um sinal da seriedade da aposta no mercado alemão.
Castel-Branco não virá só pelo contrato. No Seixal, encontrará um dos melhores centros de formação da Europa e uma montra para a elite do futebol mundial.
Para o Benfica, é mais um passo na sua afirmação no mercado de transferências europeu e na construção de uma marca de exportação onde o talento continua a ser a principal qualidade distintiva.
