Octávio Ribeiro

Octávio Ribeiro
Octávio Ribeiro Jornalista

O efeito-Dinamarca

Que jogadores arrancados bruscamente às férias podem tornar-se, num ápice, um grupo vencedor, ficou provado com a vitória da Dinamarca, no Europeu de 1992. Os dinamarqueses estavam no doce repouso dos derrotados, quando a guerra eclodiu num complexo território que era ainda um só país. A Jugoslávia não ia resistir à queda do Muro de Berlim e desfez-se. 12 anos depois do seu grande arquiteto, o marechal Tito, ter entregado a alma ao criador. A morte de Tito deixou sem pai as suas políticas de quotas, que impunham o equilíbrio entre as nações que davam forma àquele Estado, amálgama de nações. Sob o punho severo de Tito, sérvios e croatas – principalmente –, mas também bósnios, macedónios e até eslovenos tinham de caber num 11 da Jugoslávia, ou pelo menos nos 16 que entravam na fixa do jogo. Mas deixemos a História, por mais importantes que sejam as suas lições - aquela guerra civil foi a maior selvajaria que manchou a Europa, desde Hitler e Estaline.

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